fusão nuclear

As energias renováveis já deixaram de ser um olhar para o futuro e passaram a ser uma necessidade imediata para a sociedade. Sendo assim, a tendência natural é que no decorrer dos anos haja uma transição gradual da produção de energia que emitem dióxido de carbono ou resíduos tóxicos, para as fontes de energia renováveis.

Nesse contexto a energia renovável através da fusão nuclear é uma das grandes apostas dos engenheiros, físico e matemáticos envolvidos no projeto. Mas você sabe o que é a energia renovável por fusão nuclear? Como ela funciona? Se ela é segura? Quais os seus desafios atuais?

Nesse artigo vamos esclarecer todas essas dúvidas do que poderia ser uma das soluções mais brilhantes para a obtenção de energia limpa. Os sintomas do aquecimento global estão cada vez mais perceptíveis e com a alta demanda energética, as energias renováveis obrigatoriamente terão que fazer parte do nosso futuro.

O que é a fusão nuclear?

A estrela mais famosa na terra, o sol, é um exemplo do poder energético obtido através da fusão nuclear. Ou seja, em um segundo ele libera em forma de energia para o espaço o equivalente a aproximadamente toda a energia que os humanos produzem em um ano. Agora imaginem se pudéssemos armazenar o nosso próprio sol dentro de um laboratório?

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Mas antes mesmo de indagar sobre como poderíamos fazer tal façanha, vamos entender primeiro o que é a fusão nuclear. Como o próprio nome diz, a fusão nuclear de forma resumida seria o equivalente a união de dois núcleos. Onde nesse processo, um novo elemento é formado, como também uma enorme carga de energia é liberada.

Em outras palavras, o sol está constantemente fundindo em seu interior, átomos de hidrogênio que resultam na produção de átomos de Hélio e energia. Nesse contexto a massa do Hélio é de fato muito superior a massa do hidrogênio, mas, ainda assim, inferior a soma dos dois átomos iniciais. Isso porque a matéria no momento da fusão será convertida em energia respeitando a famosa função do físico alemão Albert Eistein: E = m.c².

Os reatores de fusão nuclear são seguros?

Atualmente o maior projeto de fusão nuclear do mundo é o Reator Termonuclear Experimental Internacional ou ITER. Ele foi construído no sul da França e representa o conjunto de forças científicas de 35 países com a intenção de produzir energia limpa e abundante. Mas será que esse o processo de produção de energia através da fusão nuclear é realmente segura?

Segundo os responsáveis pelo projeto o reator é totalmente seguro já que está em ambiente controlado. Além do mais o processo de fusão nuclear não produz nenhum tipo de material radioativo em comparação com a fissão nuclear.

Desse modo para que ocorra a fusão nuclear são necessários alguns elementos importantes, como uma alta temperatura e pressão. Nesse sentido, no interior do ITER as temperaturas alcançam a incrível marca de 150 milhões de graus Celsius. O método utiliza um reator do tipo Tokamak que possui uma câmara a vácuo em forma de um toroide. Assim, depois de atingir altas temperaturas o hidrogênio se torna um plasma onde um campo magnético confina o material até o lugar correto para que haja a fusão.

Quais são os atuais desafios?

Apesar dos reatores de fusão nuclear alimentarem a esperança de muitos cientistas e engenheiros, ainda existe um longo caminho para percorrer. A matéria-prima para produção de energia limpa através da fusão é extremamente abundante. Isso porque com um pouco de água do mar já teríamos a matéria-prima suficiente para produzir muita energia.

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Porém a demanda energética para a fusão nuclear ainda sobrepassa a quantidade de energia obtida no processo de fusão. Esse processo requer tecnologia de ponta e alguns outros detalhes que muitos pesquisadores estão procurando soluções. Em contrapartida, o avanço de outras fontes de energia limpa também estão começando a suprir as demandas locais, o que torna o investimento em uma tecnologia que pode dar certo ou não, inviável.